quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Poema Noturno


Um grilo afinado entoa serenatas
P’ras implacáveis solidões noturnas
Um bem querer distante reclamado no estalar dos élitros
Do meu leito Só; aprecio o seu cantar

Vou-me ao encontro da melodia, mas...
Deparo-me com as trevas da noite a me envolver
Uma angustia torva me faz tiritar, antes mesmo de encontrar
O grilo e o seu cantar.

Antes eu fosse uma criatura da noite
Antes pudesse cantar como o grilo
Enxergar as almas como a coruja
Voar como o morcego em noites agreste

Passou a meia noite veloz
A solidão em deuterose noturna
Me faz ainda companhia.
O cantar do grilo?! já não mais

Todos os poemas são de amor!
Assim como a natureza se renova permanentemente
Assim como os sonhos são manifestações da alma
E a cada nascer do sol; é hora de celebrar a vida novamente.