quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Poema Noturno


Um grilo afinado entoa serenatas
P’ras implacáveis solidões noturnas
Um bem querer distante reclamado no estalar dos élitros
Do meu leito Só; aprecio o seu cantar

Vou-me ao encontro da melodia, mas...
Deparo-me com as trevas da noite a me envolver
Uma angustia torva me faz tiritar, antes mesmo de encontrar
O grilo e o seu cantar.

Antes eu fosse uma criatura da noite
Antes pudesse cantar como o grilo
Enxergar as almas como a coruja
Voar como o morcego em noites agreste

Passou a meia noite veloz
A solidão em deuterose noturna
Me faz ainda companhia.
O cantar do grilo?! já não mais

Todos os poemas são de amor!
Assim como a natureza se renova permanentemente
Assim como os sonhos são manifestações da alma
E a cada nascer do sol; é hora de celebrar a vida novamente.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Nascer Poético

Ao norte o canal urinário!?
Ao sul o ânus!?
Naturalmente...
Vem ao mundo o poeta
Rege a orquestra o serafim; harmonia... Seresta angelical
Nasce o sol e a esperança
O suicida afasta-se do parapeito
Deslaça-se o nó do pescoço cansado
O poeta recita seus primeiros versos ao mascarado de jaleco branco
A tesoura corta... O mundo é seu presente
A natureza, toda em festa, saúda a vida e o poeta
Viver o amor intensamente... Idealizá-lo permanentemente
A alma do poeta é diferente
Em suas veias, ardente adrenalina, testosterona ou estrogênio... Sentimento
Os olhos do poeta são diferente, eternamente sinceros... Feito criança
Às vezes, pensa o poeta, não ser humano
Quem não é... Não é por inteiro
A bala perdida não encontrou abrigo
Os versos do poeta sim... Feito magia, transforma coisas e gente
Um espaço de tempo, relativo, entre o nascimento e a morte?
Não para o poeta!
Para o poeta... É VIDA.